Capela da Falagueira
A 15 de novembro de 1759 foi autorizada por Provisão do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Francisco I, a construção da Capela da Nossa Senhora da Lapa, conhecida igualmente por Capela da Falagueira. Foi aberta ao culto em agosto de 1760.
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| Estrada da Falagueira, junto à Capela (Arquivo Fotográfico CML, 1912). |
Esta obra surgiu no seguimento de uma petição feita pelos habitantes dos lugares da Porcalhota, Reboleira e Falagueira, entre outros, que pretendiam erigir uma ermida na Porcalhota. Antes da sua inauguração, o local de culto mais próximo era a igreja de Benfica, o que implicava uma deslocação significativa para a maior parte da população local.
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| Capela da Falagueira (Arquivo Fotográfico CML). |
Esta pequena igreja possui apenas uma nave, com o altar mor na sua cabeceira, virada a nascente, onde se pode observar uma imagem de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, orago da capela. Na nave surge um púlpito do lado do evangelho, enquanto painéis de azulejos rodeiam este espaço.
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| Interior da Capela (foto ARQA) |
Apresenta um telhado de duas aguas sobre a nave, com cruz no topo do alçado ponte, onde e encontra igualmente pequeno campanário, estando a porta principal flanqueada por dois candeeiros. Junto à entrada, um respirador do Aqueduto das Galegas, subsidiário do Aqueduto das Águas Livres, apresenta uma interessante harmonia com a fachada principal destes templo católico.
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| Fachada principal da Capela. (foto ARQA) |
A Capela da Falagueira manteve-se como única capela pública da região até 1958, com a sagração da nova Igreja Matriz, construída na Venteira. Nessa data seria encerrada e durante largos anos permaneceu abandonada, cumprindo inclusive outras funções, nomeadamente como armazém. Em 1961 o jornalista Vasco Calixto, numa noticia publicada a 4 de novembro no jornal "Noticias da Amadora", alertava para o risco de a igreja desaparecer. Seria nos anos 80 do século XX que se daria a recuperação da igreja, sendo criado em 1982 um vicariato paroquial e quatro anos depois constituída a paróquia da Falagueira.
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| Respirador do Aqueduto das Galegas junto da Capela (foto ARQA) |
Texto: Eduardo Rocha.
Bibliografia:
CALIXTO, Vasco (1987), “Páginas da História da Amadora”, Ed. Câmara Municipal da Amadora, pp. 111-112.
Fontes Internet:
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