No alto dos moinhos de Alfragide, no cimo da Quinta Grande, existem vestígios que nos contam a história deste lugar, desde um povoado pré-histórico aos diversos moinhos de vento que ocuparam esta elevação.
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Aspeto da sondagem efetuada em janeiro de 1993 |
Na sequência de identificação de materiais arqueológicos, em cortes abertos para construção de um acesso aos depósitos de água, foi efetuada uma sondagem arqueológica em janeiro de 1993, que permitiu identificar uma bolsa de deposição destes materiais. Foram recolhidos diversos fragmentos de cerâmicas, as quais possuíam formas diversas (taças carenadas, taças em calote esférica e vasos de colo alto), bem como alguns utensílios líticos (em pedra), maioritariamente em sílex. Salienta-se uma ponta de seta de base côncava e diversas lâminas retocadas. Este espólio, pelas suas características, integra-se no período do Neolítico Final/Calcolítico Inicial, devendo corresponder aos vestígios restantes de um sítio de habitat/povoado desta época.
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Aspeto da sondagem efetuada em janeiro de 1993 |
Mais tarde, nesse mesmo ano de 1993, foi igualmente escavado um dos moinhos de vento arruinados que se encontravam no local, bastante próximo da sondagem anteriormente referida. Construído em meados do século XVIII, foi designado por Moinho de João Vieyra da Silva em memória do seu primeiro proprietário e possível construtor, de acordo com a análise efetuada sobre as fontes documentais e cartográficas. Nesta escavação arqueológica foi possível obter dados sobre o processo de construção e utilização do moinho, tendo igualmente sido recolhidos diversos artefactos, parte deles associados ao quotidiano dos moleiros.
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Intervenção arqueológica no moinho de vento em 1993 |
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Intervenção arqueológica no moinho de vento em 1993 |
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Fotografia aérea dos Moinhos de Alfragide em 1944 |
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