Petição para alteração do nome de Porcalhota para Amadora

No final do século XIX, no território que atualmente configura o município da Amadora, a povoação mais importante era a Porcalhota. Mas como sucedeu em muitos casos na época, a estação foi construída a alguma distância da povoação, num local à data pouco habitado, com a exceção de umas poucas moradias e quintas. Nas primeiras décadas após a inauguração da linha, veio a fixar-se uma nova população em redor da estação, predominantemente ligada à pequena burguesia de Lisboa, nomeadamente comerciantes e industriais.

Um grupo de notáveis deste novo aglomerado urbano, liderados pelo Padre Ferreira do Amaral, promoveu uma iniciativa tendente à alteração da denominação da localidade. Após a análise de várias possibilidades, decidiram-se por Amadora. Esta escolha não deverá ter sido alheia ao facto de o local onde situa estação ser conhecido por esta denominação, como atestam a existência de uma “Casal da Amadora” e “Quinta da Amadora”.


Desta forma o Padre Ferreira do Amaral redige uma carta-petição ao Rei D. Carlos, subscrita por mais 68 habitantes e datada de 10 de julho de 1907, onde se solicitava “(...) que as três designações de Porcalhota, Amadora e Venteira, sejam substituídas pela única de Amadora, porque passaria a conhecer-se a povoação até aqui chamada Porcalhota, justificando assim a unidade do nome do povoado(...)”.

A alteração seria autorizada pelo Rei e já na manhã do dia 1 de Fevereiro de 1908, foi descerrada a nova placa com o nome de “Amadora” na Estação de comboios. 

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