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Vestígios arqueológicos no Aurea Museum Hotel |
No passado dia 8 de fevereiro realizamos mais um passeio cultural, tendo por tema central os vestígios de época romana visitáveis em Lisboa e no qual participaram sócios e amigos da associação.
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Ouvindo as explicações no Rossio |
Iniciamos o percurso no Rossio (Praça D. Pedro IV), onde foi feito um enquadramento da morfologia do terreno e da cidade durante o período romano, com referências às duas ribeiras (Arroios e Valverde) que desaguavam nas proximidades, num esteio do rio que se prolongava pela atual baixa pombalina. Foi igualmente feita referência à identificação do circo romano nesta praça (hipódromo onde se realizavam corridas de bigas e quadrigas de cavalos), bem como ao facto de se tratar de uma zona de saída da cidade, tendo sido identificadas diversas necrópoles deste período nas imediações.
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Na Rua da Prata |
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Na Rua da Prata |
Prosseguimos pela rua da Prata, com diversas referências a vestígios que foram identificados em recentes intervenções arqueológicas, bem como ao criptopórtico existente na confluência com a Rua da Conceição. De seguida prosseguimos para a Casa dos Bicos, onde no piso térreo pudemos observar vestígios de uma unidade de produção de derivados de peixe, nomeadamente os tanques (cetárias) onde eram preparados os molhos à base de peixe e a própria salga desse peixe. Encontra-se igualmente visível um troço da muralha deste período e exposto diverso espólio recolhido nas escavações.
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Junto da Casa dos Bicos |
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Na Casa dos Bicos |
O seguinte ponto de passagem foi o Aurea Museum Hotel (antigos armazéns Sommer), onde realizamos uma visita detalhada aos seus núcleos arqueológicos. Destaque para duas áreas, a primeira com um compartimento apresentando paredes em estuque pintado e piso em mosaico, e a segunda uma pequena parte da cidade romana que se desenvolvia junto à muralha, com uma rua que dava acesso, de um lado, a um pátio com piso em opus signinum e, do outro, a um poço (ou cisterna) e a um fontanário. Tivemos igualmente oportunidade de observar parte do espólio mais importante recolhido nas escavações arqueológicas.
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Na entrada do Aurea Museum Hotel |
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Explicações junto de uma das vitrines |
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Explicações junto de uma das vitrines
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Explicações junto de uma das vitrines
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Vestígios arqueológicos da área junto à muralha |
Apos uma breve passagem junto dos vestígios das Termas dos Cássios e de termos efetuado o nosso almoço, prosseguimos o passeio como uma visita ao Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (não é permitida a recolha de imagens no interior), alvo de uma recente atualização museológica, onde pudemos observar um conjunto de estruturas de habitação da idade do ferro, outro complexo de produção de preparados de peixe, bem como as suas termas (
balnea), com piscinas e banheiras, salientando-se uma das salas que conservou o pavimento em mosaico.
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Pelas ruas de Alfama |
Terminamos o nosso passeio no Museu do Dinheiro, com a visita ao núcleo da muralha medieval de D. Dinis e que inclui na sua exposição objetos romanos, provenientes das escavações arqueológicas neste local. Aproveitamos igualmente para visitar a restante área deste interessante Museu.
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Muralha de D. Dinis no Museu do Dinheiro |
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Interior do Museu do Dinheiro |
Um agradecimento especial a Nuno Neto pela colaboração na orientação do passeio, nomeadamente na visita guiada ao Aurea Museum Hotel.
Texto: Eduardo Rocha
Fotografias: Eduardo Rocha e Zita Madeira.
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